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Amar e não sofrer por amor

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Amar tem que levar a se sofrer por amor? Depois do encontro que tive com a Fada, hoje ao nascer do sol, eu tendo a contrariar o samba de Luiz Carlos Paraná. Não, o samba não. Só uma frase.

“Quem anda atrás de amor e paz
Não anda bem
Porque na vida, quem quer paz
Amor não tem…”

Qual a Emoção Insuportável mais comum na humanidade? Está relacionada com lutar pela sobrevivência material ou com amar? Eu não sei, mas a mais cantada e mais filmada se relaciona com amar.

É uma foto tirada da varanda que dá vista para o nascer do sol. Através da abertura deixada pelas copas de duas árvores, vê-se o sol nascendo, quase aparecendo por trás de uma colina coberta por vegetação. A luz do sol nascendo clareia a abertura deixada pelas copas das duas árvores, fazendo um contraste muito bonito com a cor verde escura das duas árvores.
Amar | Blog Eu vou bater pra tu

Este encontro com a Fada, tratou da Coragem de amar

Quando ela chegou, o sol estava começando a nascer, pois ainda não eram seis da manhã. Apareceu de repente na varanda de meu quarto e sem fazer introdução.

– Vamos continuar de onde paramos. Para você entrar na sua Aventura de Vida, vou te ajudar a resgatar a Coragem para Amar. Deite-se na borda de sua cama. Relaxe.

Ela pôs a palma da mão no centro de meu peito. Alguns segundos depois, disse: “Logo a Consciência do Eterno vai lhe mostrar a dor que você teme. Pode ficar tranquilo, pois você estará fora da cena”.

Por isso, você não vai sofrer como sofreu ao amar no passado

– Além disso, você será conduzido pela sua Consciência do Eterno. Também por isso, não vai sentir nenhuma Emoção Insuportável. Apenas testemunhe o que vê e o que sente.

Eu estava realmente relaxado e sentindo paz, pois ela me despertava confiança. Mas logo me vi em um teleférico, em Campos do Jordão. Hoje, eu não sinto mais o medo que tinha naquela época.

– Estava no alto e tenso, escutando Augusto, amigo da turma do T’ai Chi Chuan. Ele dizia, fazendo chacota de mim: “Relaxa, Vitor, solta o corpo, olha para o Sol”.

Demorei longos segundos, até relaxar os maxilares

Apenas consegui dizer: “Quando descer vou te dar uma porrada! ” Mas ele não parava de rir. Minha sensação é que minha cabeça queria entrar no meu tronco, como uma tartaruga.

Eu não sabia na ocasião, mas logo atrás da cadeira dele (naquela época era cadeira, hoje é cabine), vinha uma moça da minha idade que gritou para ele parar.

Ao descer, gritei “Consegui! ” Augusto havia me desafiado a fazer a travessia no teleférico. Logo a moça se aproximou e, preocupada, perguntou se eu estava bem.

Agora, estou. Mas meu lugar é com os pés no chão.

E, ao perceber a beleza e o jeito terno dela, disse: “Mas eu atravessaria tudo outra vez, se soubesse que ia encontrar você aqui”. Ela ri um pouco desconcertada e dá a mão para um menino.

Era seu irmão, que atravessou o percurso sem medo. Fomos caminhando e ela perguntou se foi a primeira vez.
“Foi. Mas só atravessei porque aquele cara me desafiou. Tenho medo de altura. ”

Percebi que logo acabaria a rampa que estávamos subindo e que ela poderia seguir por outro caminho. Então, perguntei seu nome. “Pratyahara” – disse.

Foi a primeira vez que ouvi esse nome…

– É bonito. Ela sorriu, mas já devia estar acostumada também com esse elogio. Meu coração estava batendo como há alguns minutos, pois eu temia não a encontrar depois.

– Você veio passar o fim de semana, aqui? – Perguntei com o coração mais acelerado, ainda. E me tranquilizei mais, quando ela disse que veio passar o mês inteiro, com os pais.

“É agora ou nunca! ” Isso foi o que pensei. Então, disse que vim passar só o fim de semana. E logo arrematei… nós vamos assistir o show amanhã. Quer vir com a gente?

Mas aconteceu algo com ela que só vim a saber depois

Ela também estava ansiosa, para que esta não fosse a última vez que nos víssemos.

Neste momento, sentada em um pequeno pufe ao lado de minha cama, a Fada deve ter percebido alteração nas batidas de meu coração.

Ela massageou o centro do meu peito com suavidade e disse para eu continuar acompanhando as cenas que a minha Consciência do Eterno passava pelo meu coração.

Então, vi o mar calmo, parecendo uma lagoa, em Paraty

Pratyahara estava comigo no barco, chegando a uma pequena ilha. O sol parecia se refletir nos seus ombros e na lateral de seus cabelos castanhos. Para trás, a cidade de Paraty, …

… a igreja e o hotel em que ela está hospedada com seus pais e seu irmão Félix. O barulho das pequenas ondas à margem da ilha, a vastidão do mar pela frente e o olhar terno de Pratyahara era tudo o que eu queria.

O que não se podia ver da cidade eram esses dois adolescentes enamorados, de mãos dadas, passeando pela areia quase branca da ilhota. Um belo cenário para aprender a amar.

Essa era a primeira oportunidade de viver o que sentíamos

Aqui e ali, parávamos, acariciávamos o rosto um do outro, olhávamos nos olhos, beijávamos a boca. E, por dentro, a satisfação de amar, a plenitude, a felicidade e o coração batendo.

– Será que um dia meus pais conseguiram se amar como nós? Será que sentiram o que sentimos um pelo outro? – Perguntou, abraçada, olhando em meus olhos.

– Talvez Praty. Mas depois eles devem ter esquecido de amar. Talvez não tivessem percebido a importância do que nós sentimos um pelo outro.

O abraço que demos fez o tempo parar

Quanta ternura senti com nossos corpos entrelaçados! Cheirando e beijando seu rosto, acariciando seu corpo lindo. Voltamos a caminhar abraçados.

É uma trilha de areia clara por entre a vegetação. Do outro lado da ilha, paramos em uma praia com vista para o oceano. O coração disparado, a ternura e o desejo sensual tomam conta de nós.

Pratyahara beija meu rosto, eu cheiro seus cabelos fininhos perto de sua orelha, o seu pescoço, os seus seios, o seu abdômen, acaricio seu corpo, beijo seu corpo…

Eu acaricio e inspiro a sua essência

O meu desejo é dela inteira, de nos fundir no êxtase da união. Nada existe neste momento senão o transe ondulante do prazer e da fusão do corpo e da alma.

O tempo volta a passar, embora lentamente. Abraçados e deitados na areia, podemos ver a imensidão do oceano e o horizonte. Fazendo companhia, estavam o vento, o mar, o presente e a eternidade.

E, com doçura na voz, ela diz: “Nós aprendemos a amar juntos. Acho que meus pais não aprenderam a amar”.

E logo o sol começaria a se por

Então, voltamos ao continente e devolvemos o barco ao homem que o alugou. Andamos de mãos dadas, até as proximidades do hotel em que ela estava com os pais.

O que eu só soube depois foi que havia um senhor de óculos observando de longe e que fora falar com o dono do barco. Era, Zaffi, pai de Pratyahara.

Eu me recordei disso e minha respiração alterada foi observada pela Fada. Ela, então, volta a massagear suavemente o centro de meu peito.

Deixe que sua Consciência do Eterno o faça recordar

– Não precisa temer o que vai sentir, você não é mais aquele adolescente. É esse temor de sentir a Emoção Insuportável que um dia sentiu, o que afetou a sua Coragem de amar e de viver.

De repente, recordo-me da música do Lulu Santos…
Nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia
Tudo passa, tudo sempre passará…

Senti saudade dela, depois de muitos anos. Mas, ao mesmo tempo, entendi que a minha Consciência do Eterno estava me mostrando que a dor que eu poderia vir a sentir, também não seria igual.

Então, voltei a ver as cenas do que aconteceu, depois

Na minha casa, fiz uma festinha, um encontro com os amigos do T’ai Chi. Não tinha bebida alcóolica nem drogas. Só sucos, frutas, castanhas e queijo. Nós tomamos vinho, apenas na viagem.

A sala estava cheia de moças e rapazes, e tinha música. Estava alegre e Pratyahara e eu estávamos de pé no corredor que dá passagem para a copa.

Estávamos nos abraçando, com o rosto colado e só nós ouvíamos o que estávamos sussurrando um para o outro: eu te amo e vou te amar por toda vida.

Tive que me separar dela bruscamente

Porque percebi um estranho caminhando rapidamente em direção à copa. Quem é esse cara? – Perguntei.
Mas logo entendi o que era. – Aqui está o bagulho! Disse ele alto.

Na copa, o desconhecido apontou para uma bandeja com castanhas, e falou para os policiais: “Está atrás da bandeja”. Com certeza era uma encenação, eu só não sabia com que propósito.

Naquela ocasião, eu não sabia que era um falso flagrante contratado por Zaffi, pai de Pratyahara. Ele queria nos afastar de qualquer jeito. No fundo, o motivo era um só. Ele não sabia amar.

Eu iria ser processado por posse de droga em casa

O próprio detetive contratado por Zaffi e que preparou a armadilha, propôs um acordo com meus pais. Eu ficaria livre do processo e da prisão, desde que não voltasse à São Paulo, por 1 ano.

Meus pais sabiam que a maconha não era minha, mas acreditavam que podia ser de algum convidado. Concordaram em eu morar fora de São Paulo por um ano.

Eu passei um ano em Monte Verde, sem poder viajar para São Paulo nem procurar por Pratyahara. Anos mais tarde, soube que ela fora obrigada a fazer um curso, fora do Brasil.

Nunca mais encontrei Pratyahara

A Fada observou não só alterações em minha respiração. Percebeu lágrimas em meus olhos. Novamente, pôs sua mão no centro de meu peito.

– Pergunte à sua Consciência do Eterno qual a cena de sua vida em que você não aguentou mais a Emoção Insuportável de dor que sentia e fechou seu coração.

– Em poucos segundos, eu me vi em um dia, uns três meses depois que voltei a São Paulo. Durante esse tempo, tentei de tudo para localizá-la. Neste dia, apelei para uma amiga.

Ela se identificou como amiga da Pratyahara

E a mãe de Pratyahara disse que ela estava em Paris, por tempo indeterminado. E, ao escutar essa resposta, senti o sabor amargo da desistência. Não aguentei mais a frustração de não a encontrar.

Com uma enorme tristeza, disse: “Eu sempre vou te amar”. Mas fechei meu coração com Pratyahara dentro, viva, respirando.

Então, a Fada disse: “Até esse momento, seu poder era dirigido pela vontade de amar Pratyahara. A partir daí, cedeu o comando para a vontade de não sofrer a dor de frustração e perda”.

– O que fizemos, até agora, foi para este momento

– Dirija-se diretamente à sua Consciência do Eterno. Pergunte em que parte de seu corpo aderiu a energia daquela Emoção Insuportável da desistência de Pratyahara.

– Alguns segundos depois de perguntar, senti tristeza e uma sensação na parte da frente do pescoço, onde ele começa.

– Segundos depois, a Fada disse: “Pergunte a essa parte de seu corpo, qual é cor da luz necessária para dissolver a aderência daquela Emoção Insuportável de desistência”.

Era a cor do luar

– Peça a sua Consciência do Eterno que atravesse essa parte de seu pescoço com a luz da cor do luar e dissolva a energia dessa dor da desistência aderida aí.

Segundos depois, acabou aquela sensação no pescoço. Em seguida, ela me disse para pedir que a Consciência do Eterno me mostrasse uma frase ou imagem.

– Peça que essa frase ou imagem te mostre o que a dissolução da energia dessa emoção de desistência e dor mudará em sua vida.

Eu não vi nem ouvi nada, apenas recebi uma frase

“À noite, as estrelas mostram o quanto o mundo é maior do que os problemas humanos. Durante o dia, eu mostro a importância de vocês fazerem o sonho que os anima brilhar no centro de suas vidas”.

Eu fui tomado por uma alegria íntima e por um sentimento de que “está tudo certo no Universo”. Era uma sensação de alívio e de convalescença. Mas não do corpo, uma convalescença emocional.

Eu não queria escutar nem mesmo as músicas que me despertam sentimentos positivos intensos. Queria a suavidade do vento, os sons da Natureza e o cheiro das plantas.

Ao abrir os olhos, vi a Fada com um sorriso no olhar

– E agora, Fada? Perguntei como quem acorda de um sono bom.

– Agora, tanto seu corpo quanto seu emocional precisam que você não exija deles. Eles estão consolidando sua transformação e você precisa dedicar este dia a isso.

– Você está livre para amar sem sofrer.  Logo nos veremos!

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