O romance e o amor dependem de algo essencial, para serem duradouros. Dependem de que cada um não tenha um problema emocional que acione o problema emocional do outro.
Isso que eu disse é vago, mas boa parte deste artigo vai mostrar o que é isso. Vou te dar exemplo e ilustrar, citar dois artigos meus que são casos reais e te indicar dois filmes.
Então, a pessoa A do casal tem um problema emocional que, quando se manifesta, aciona um problema emocional da pessoa B. E, quando esta tem o seu problema emocional, aciona o da pessoa A.
Mas o amor e o romance podem ser um paraíso
O romance e o amor já são bons, imagine se for no paraíso! Eu vou tratar desse assunto, mas o paraíso a que me refiro não é aquele de Adão e Eva. É outro, também muito satisfatório.
Como ainda não foi dado nome a ele, vou chama-lo de “Paraíso Pessoal”. E o bom é que esse, nós podemos construir. Sem usar tijolos, cimento nem fazer jardins. E é fácil de carregar com a gente.
Além disso, depois de construído, você aproveitará um romance e o amor com mais intensidade. Sentirá um prazer sexual mais intenso, satisfatório e integrado ao afeto. E esse romance pode ser muito duradouro.
O que o paraíso pessoal tem a ver com romance
Esse paraíso não é aquele de Adão e Eva nem a Ilha Saona, onde foi filmado A Lagoa Azul. É o estado de espírito predominante em que vivemos, quando livres de problemas emocionais.
Porque, apesar de praia bonita aumentar o nosso desejo de viver, não determina nossa felicidade. Basta ver o que acontece se o casal estiver com mágoas, ciúmes, medo de faltar dinheiro…
A continuidade do casal no paraíso depende de como o relacionamento afeta o emocional deles. Ou seja, a continuidade do romance depende de como a relação afeta o emocional de cada um.
Mas o que é esse paraíso pessoal?
É algo natural do ser humano, algo com que nascemos, algo “original de fábrica”. É uma característica de nosso emocional, antes de haver interferências que tragam problemas.
E essas interferências ocorrem desde o parto normal pelo qual passamos, que deixa uma marca de dor e medo no emocional do bebê. O médico obstetra, Dr. Frederick Léboyer trata desse parto em seu livro “Nascer Sorrindo”.
Há interferências também durante a educação da criança, que geram dor afetiva, culpa, bloqueio de emoções, frustrações e até Emoções Insuportáveis.
Em resumo, as interferências que alteram…
… o emocional dos futuros membros de um casal são as que geram Dores Físicas Insuportáveis e Emoções insuportáveis. Porque essas dores deixam marcas da energia da Emoção Insuportável que se sentiu.
E essas marcas das Emoções Insuportáveis geram tensões musculares, para não se voltar a senti-las. Isso eu mostro em O que são as emoções. Essas tensões são criadas para bloquear tais emoções.
Se não fosse isso, permaneceríamos em nosso paraíso pessoal. Teríamos o poder de sentir as emoções agradáveis com intensidade e não teríamos emoções desagradáveis, com muita frequência.
Essas marcas criam o oposto do Paraíso Pessoal
Ou seja, criam o Inferno Pessoal. Elas são uma aderência da energia da Emoção Insuportável e criam uma memória no cérebro, cuja função é impedir que a Emoção Insuportável volte a ser sentida.
E, para atingir tal objetivo, essa memória envia ordens que tensionam os músculos por onde passa tal Emoção. Ela se chama Engrama e, para realizar seu objetivo, gera medos. Por isso, o chamo de Foco (gerador) de Medo.
Os Engramas memorizam quanto é 9 vezes 9, como se dança um samba ou esse tipo de memória emocional de que estou tratando. Mas, nesse caso, geram efeitos catastróficos em nosso emocional.
Se você entendeu o que eu disse acima, …
… logo vai esquecer. A não ser que assista a um vídeo de 49 segundos que eu fiz. Observe, neste vídeo, que eu chamo esse tipo de Engrama de Foco de Medo.
Ele cria medos que não fazem parte daqueles com os quais nascemos para sobreviver. E, com isso, cria os problemas emocionais, que são responsáveis por grande parte do fim prematuro do amor e do romance.
Os problemas emocionais são o que transforma alguns casais em dois bicudos que não se beijam. É um tipo de conflito do casal que aumenta mais ainda tais problemas, como veremos adiante.
Então, essas marcas ameaçam o romance do casal
Porque criam um Inferno Pessoal, que cada um passa a carregar consigo. E, durante a relação, o Inferno Pessoal de um pode afetar o do outro, de modo insuportável.
Mas, quando duas pessoas começam uma relação, não costumam perceber essa ameaça ao romance que estão vivendo. O amor, o afeto e a sexualidade podem minguar. Embora nem sempre isso aconteça.
Mas é frequente quando o romance é entre dois bicudos. E mostrar o que são dois bicudos vai finalizar a descrição do problema que retira o casal do paraíso. Em seguida, vou tratar das soluções.
Afinal, o que são dois bicudos que não se beijam?
Os dois membros do casal são dois bicudos quando o jeito de um deles se defender de seu medo e de sua dor é o gatilho que aciona o outro a sentir seu próprio medo e sua própria dor.
E o que é isso que chamei de “seu próprio medo e sua própria dor”? Eu disse que quando se sente uma dor ou uma Emoção Insuportável isso deixa uma marca no emocional da pessoa.
E deixa uma memória emocional chamada Engrama. E essa memória é: “Para sobreviver, não posso voltar a sentir essa dor ou Emoção Insuportável, que senti”. É isso que é “seu próprio medo e sua própria dor”.
Como um romance poderia durar muito, assim?
Veja, quando um age para “sobreviver”, conforme o que aprendeu com uma Emoção Insuportável, o outro sente sua sobrevivência ameaçada, como aprendeu a sentir com a sua própria Emoção Insuportável.
Com frequência, as Emoções Insuportáveis que sentiram no passado são muito semelhantes. Mas eles passaram a se defender delas de modo oposto. Então, é daí que surgem os bicos de cada um e os conflitos.
Eu não usei palavras difíceis, mas sei que o que disse pode não estar ainda palpável nem memorável. Porque não dei exemplos. E esse é um assunto muito importante, para áreas essenciais da vida.
Então, chegou a hora de dar um exemplo!
Imagine que os dois vivenciaram uma Emoção Insuportável de dor de perda afetiva. E que ela, ao entrar no romance, defende-se da dor de perda, querendo muito que ele demonstre seu amor, com frequência.
E que está sempre atenta, para qualquer coisa que possa sinalizar a possibilidade de ele estar deixando de amá-la. Isso é causado pela dor de perda afetiva insuportável que ela viveu no passado.
Mas ele, que também viveu uma dor de perda insuportável semelhante, defende-se do medo de se entregar e de se perder em um amor. E esse jeito de se defender é o oposto do jeito dela.
Veja porque é o oposto e como isso os tornará…
… dois bicudos no futuro da relação. Enquanto ela tem medo de ele não se entregar afetivamente a ela, no romance, ele tem medo de se entregar e de se perder nesse amor.
Por isso, ele procura estar voltado para outros assuntos que não o do afeto e do amor. Ele não diz “Eu te amo”, “Eu sinto saudades de você”, “Eu gosto muito de estar com você”.
Então, ao não expressar seu amor com intensidade e frequência, isso é recebido por ela como sendo um risco de perda. Por isso, ela passa a sofrer com medo da perda afetiva, que é a sua ferida.
Por outro lado, o que ele necessita para estar bem…
… é que ela diminua sua necessidade de ele sentir e expressar afeto por ela. Ou seja, o medo de um aciona o do outro e a necessidade de um perturba a do outro.
Dessa forma, é difícil o romance durar por muito tempo. Porque cada um vai sentir que o outro é uma perturbação ao seu equilíbrio emocional. E, como eu disse no início…
… a continuidade do romance e do amor depende de como a relação afeta o emocional de cada um. Muitas vezes um culpa o outro pelo sofrimento, insegurança ou medo que sente. E começam as críticas.
Responda… do que cada um realmente necessita?
Pense… exceto a separação, o que pode resolver essa situação? Eles se amam, querem manter o romance do início, mas isso está trazendo dor, raiva e aumentando o problema emocional de ambos.
Escreva nos comentários o que você acha que pode diminuir o problema e eles continuarem a viver o seu romance. E se você acha que algo pode acabar com o problema.
Daqui a alguns parágrafos vou tratar do que pode amenizar a dor emocional da relação e diminuir os conflitos. E vou tratar também do que pode solucionar e acabar o problema. Mas, agora, vou te indicar histórias ilustrativas.
Vou te indicar dois artigos e dois filmes
Eu um artigo, contei a história de um casal que ilustra como dois bicudos reagem. Um conflito entre eles revelou o que são dois bicudos, como se fosse um Raio-X. Está no artigo “Viver ou apenas sobreviver”.
Em outro, o problema dos dois não está relacionado com perda afetiva, mas com outra coisa. No entanto, ameaça a continuidade do romance. Está no artigo é possível o amor dar certo para os dois.
Um dos filmes, apesar de não focar a relação entre dois bicudos, mostra como um homem ajusta a forma como se comunica com a mulher que quer conquistar. O Feitiço do Tempo, além disso, é muito interessante.
Então, como amenizar ou solucionar o problema?
Para amenizar, pode-se fazer uma terapia de casal, voltada para que cada um consiga perceber o outro pelo ângulo dele. A Programação Neurolinguística (PNL) pode amenizar também.
Talvez a PNL possa também solucionar o problema, mas não tenho certeza. Mas sei que a PNL tem recursos que atuam nessa problemática dos dois bicudos.
Além disso, existe um Instrumento de Poder capaz de solucionar isso, chamado Ter a Morte como Conselheira. Que acontece, por exemplo, quando se chega perto da morte ou se tem uma morte clínica, mas se retorna.
E tem também uma solução apresentada…
… no artigo é possível o amor dar certo para os dois, cujo link disponibilizei acima. Essa solução se baseia nos conhecimentos que adquiri através de meu trabalho e que exponho em artigos desse blog.
E tem outro filme que, apesar de ficção, ilustra bem a solução da mudança necessária para dois bicudos. É o filme dirigido por Francis Coppola, Peg Sue Seu Passado a Espera. Veja esses comentários.
O instrumento de poder “Ter a Morte Como Conselheira” tem efeitos como o de despertar para a vida. E isso ocorre com a protagonista, ao passar mal e voltar no tempo.
É um filme que chamam de “água com açúcar”
Mas toca em temas muito importantes, como o amor, a morte prematura do romance dela com o marido e a possibilidade de mudar isso. Ela muda sua interpretação de mundo, em sua volta ao passado.
E essa mudança é capaz fazer um bicudo passar pela transformação de que precisa. Uma cena ilustra bem isso. Ela está na escola, cantando um hino com os outros alunos. E só ela está muito entusiasmada.
Porque sente diferente dos outros alunos, que não passaram pela experiência dela de ir até os 43 anos e voltar. E consegue perceber seu namorado e futuro marido como não conseguia, depois de casada.
A mudança no jeito de sentir e perceber o outro…
… faz parte da solução. E, quando compreendemos isso, e que o romance de tantos casais acabou “antes do final do filme”, nos lembramos da música “Dos Cruces”, de Carmelo Larrea. Milton Nascimento cantou essa música.
A música é triste como a separação de quem vive um romance. E em uma estrofe diz que estão fincadas duas cruzes no monte do esquecimento, por causa de dois amores que morreram, por não se terem compreendido.
Mas como compreender o outro, se a necessidade dele e o jeito como ele se defende gera tanto sofrimento em si? Não é com recomendações para ter compreensão, porque o umbigo é mais embaixo.
A mudança necessária não é na mente
É mais embaixo, no emocional. E, para isso, como descrevo em outros artigos, é necessário a Troca de Memórias Emocionais. Os Engramas que são Focos de Medo são memórias emocionais.
E a primeira Troca de Memória Emocional que fiz foi a do medo de falar em público pela segurança. Levando um Engrama ao desuso e criando outro, com procedimentos simples e repetitivos, em 19 horas.
Quantos e quantos casais em vez de sentir o que há de paradisíaco no amor, sentiram a dor dramática que traziam em si. Este artigo é um lembrete que diz: “Não precisa ser assim, isso tem jeito! ”.