A resiliência é aquela habilidade incrível que todos nós temos de enfrentar desafios e superar obstáculos, nos adaptando e nos recuperando quando as coisas ficam difíceis.
Só que, tanto nossa capacidade física quanto mental possuem limites. Se exigirmos mais do que eles podem nos oferecer, é como tentar fazer um carro andar sem gasolina – não vai acabar bem.
É por isso que a evolução nos deu “sistemas de segurança” embutidos para evitar que a gente se autodestrua. Quando a gente ultrapassa nossos limites, o corpo e a mente começam a dar sinais de alerta.
Então, o que isso quer dizer afinal?
Bem, é exatamente nesse ponto que quero chegar. Por mais importantes que sejam esses sinais para nossa segurança, eles não nos permitem aproveitar ao máximo nossas capacidades.
De fato, nosso potencial permanece intacto, aguardando oportunidades de desenvolvimento. A realidade é que as nossas capacidades superam em muito a imagem que projetamos.
Assim, para atingir nosso máximo potencial, é necessário ultrapassar os limites que nossa mente nos impõe, deixar de lado seus alertas e adentrar a zona de esforço e desconforto.
Vencer as barreiras do corpo exige resiliência,…
… esforço e perseverança . Ao longo da história evolutiva, os seres humanos emergiram como vencedores na corrida da evolução, tornando-se uma espécie dominante.
Nossos corpos são cheios de complexidades e habilidades versáteis. Possuímos um conjunto único de órgãos, mentes afiadas e sistemas internos que funcionam de maneira surpreendente.
Graças a essa capacidade, somos mestres em perceber o mundo ao nosso redor, entender o que acontece e até imaginar como podemos transformá-lo.
Mas, apesar de todas as capacidades, …
… nosso corpo possui seus próprios limites físicos. Esses limites podem desligar sistemas, causar danos e até mesmo nos levar à morte. Podemos pensar neles como um “interruptor de segurança” natural embutido.
Imagine alguém que se joga de cabeça no trabalho, deixando pouco espaço para o descanso. Chega um ponto em que é quase certo que essa pessoa vai bater no famoso “muro” da exaustão.
Ou, então, considere alguém que se esforça demais fisicamente, ultrapassando os limites de seus músculos e ossos. As consequências podem incluir lesões, dores e até mesmo fraturas.
As limitações são importantes
Para nos protegermos e evoluirmos como espécie. Esses mecanismos entram em ação quando exigimos demais do nosso corpo, atuando como um tipo de freio antes de chegarmos ao limite das nossas verdadeiras capacidades.
Podem se manifestar através de dores, desconfortos e até mesmo pensamentos do tipo “Será que realmente vale a pena?” ou “Por que me esforçar tanto se isso vai causar tanto desconforto?”.
Às vezes, isso pode ser feito através de desculpas ou justificativas para explicar por que é aceitável ou até sensato dar uma pausa.
Como os comandos de segurança podem…
… nos impedir de alcançar 41% ou mais de nossa capacidade máxima? Esses comandos realmente funcionam para nos manter seguros, prevenindo acidentes. O único “porém” é que eles agem bem antes de alcançarmos nosso potencial máximo.
Isto é, muito antes de chegarmos a 41% ou mais de nossa capacidade máxima real. David Goggins, o ex-militar americano conhecido como o “durão” supremo, é o cérebro por trás da famosa regra dos 40%.
Essa concepção foi originalmente exposta no aclamado livro “Can’t Hurt Me” (Nada Pode Me Ferir) e posteriormente popularizada por Jesse Itzler em “Living with a Seal”.
Qual é a ideia por trás da famosa “regra dos 40%”?
E como ela influencia a resiliência? Bem, é simples. Quando você está se esforçando ao máximo em uma atividade e sente que não pode mais continuar, na verdade você está usando apenas 40% da sua verdadeira capacidade.
Imagine só: você está dirigindo um carro com limitador de velocidade. Quando você pisa fundo no acelerador, o carro atinge uma velocidade máxima programada e não consegue ir além disso.
Mesmo que você queira, essa é a sua capacidade atual. Agora, pensa na possibilidade de desativar o sistema e liberar todo o potencial do carro, permitindo que ele alcance velocidades muito superiores.
Ou seja, você estava usando apenas…
… uma fração do potencial do veículo. Da mesma forma, quando você pensa que já deu tudo de si, na verdade ainda há 60% de energia, força e resiliência dentro de você esperando para serem explorados.
Existem inúmeros relatos e histórias, como a do próprio David, que comprovam esse princípio na prática.
E, apesar de ainda não existirem estudos específicos, várias pesquisas comprovam nossa capacidade de ultrapassar o que acreditamos ser nossos próprios limites.
Cultivando a resiliência para desenvolver a força interior
Muita gente passa a vida inteira sem explorar todo o seu potencial e sem exercitar a sua resiliência, limitando-se a apenas 40% das suas capacidades.
É como se nossa mente sussurrasse: “Ficar aqui é tranquilo, é a zona de conforto, é seguro” ou “Isso tá doendo demais, melhor parar”. E aí, as pessoas simplesmente ouvem e param.
Mas a verdade é que todos nós temos um potencial impressionante, habilidades que ultrapassam até os nossos sonhos mais ousados.
Dicas para fortalecer sua perseverança
Pense no cérebro como um músculo que precisa de exercício para ficar mais forte. No começo, pode ser um desafio, mas com dedicação, é possível treiná-lo para se tornar mais resiliente e eficaz.
Uma técnica que vale a pena adotar é se livrar das ideias que nos restringem. Comece dando um pé naquelas frases que você costuma usar, tipo “já cheguei no meu limite” ou “não aguento mais”.
Troque por coisas mais positivas, como “eu sou capaz” ou “eu consigo lidar com isso”. Desse jeito, você está treinando seu cérebro para se ajustar a uma nova forma de ver as coisas.
Desafie seus limites: a resiliência como caminho para o crescimento
A única forma de se sentir à vontade em situações desconfortáveis é enfrentá-las de frente com resiliência. A tal “resiliência” age como um impulso, te empurrando para fora da sua zona de conforto.
Fazer o que não curtimos não é o fim do mundo; o segredo está em aprender a lidar com essas situações, o que vai torná-las menos angustiantes e mais fáceis de superar.
Experimente se colocar em situações que você simplesmente detesta, algo que te deixe desconfortável ou algo completamente novo. Faz parecer que o desconforto nem sempre é tão terrível.
A importância de um propósito definido
A vida não é um conto de fadas, isso é fato. Enquanto você corre atrás dos seus objetivos, vai se deparar com uma série de obstáculos, desafios e, muitas vezes, vai dar com a cara no chão.
Quando a situação aperta, nossa mente pode nos fazer repensar nossas escolhas e nos deixar com aquela sensação de estar fora do lugar.
Portanto, ter um propósito bem definido é crucial. Isso vai te ajudar a manter a mira no alvo e a clarear o caminho para superar esses momentos complicados. E a resiliência é fundamental neste processo.
Cultive a disciplina
A motivação é como um bicho inconstante; um dia, você pode acordar cheio de disposição para perseguir seus objetivos, mas em outros, a vontade é de jogar a toalha.
Então, se você quer alcançar seus objetivos, é preciso cultivar a disciplina e a resiliência. Quer você esteja com vontade ou não, é hora de encarar e fazer o que precisa ser feito.
Os hábitos são um trunfo nesse sentido, já que são ações que se repetem e, com o tempo, se tornam simples ou quase automáticas.
Persevere e atinja todo o seu potencial
Como Mary Holloway disse uma vez: “Resiliência é saber que você é o único que tem o poder e a responsabilidade de se levantar”. Essa mensagem resume bem o que quero transmitir aqui.
Se você vive sempre na sua zona de conforto, evitando situações desconfortáveis, pode estar deixando escapar 60% do seu verdadeiro potencial.
Portanto, pare e pense no que você poderia alcançar se desse um passo além desse refúgio seguro e se desafiasse um pouco mais.