A insegurança para falar em público atinge bilhões de pessoas no mundo. Em uma pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais, 59,7% dos entrevistados disseram ter.
No início dos anos 2000, pesquisei algumas vezes sobre a estatística mundial das pessoas que têm insegurança ou medo para falar em público. E a resposta era que chegava a 70% da humanidade.
Mas essas pesquisas se baseiam em um critério subjetivo. As pessoas que sentem insegurança dizem que têm. Mas há pessoas que acham que não têm, por conseguir vencer o medo. E vai precisar vence-lo toda vez que for falar.
Acredito que as pessoas que têm essa insegurança…
… chegam a mais de 70%. Por dois motivos. O primeiro é que nas filmagens que faço dos alunos, no meu curso de comunicação em público, percebo os sintomas em mais de 70%.
O segundo motivo é que não é bem conhecido o que a insegurança para falar em público objetivamente é. Por isso, às vezes, há pessoas que acham não têm, por já falar há tempo.
Esse medo do qual a pessoa se dessensibilizou um pouco com sua prática, pode ser percebido pelos sintomas. E cria efeitos que a dificultam de tornar sua comunicação influente e memorável.
Quando ministrei o primeiro curso em empresa, …
… já havia descoberto o que é objetivamente o medo de falar em público, como detectá-lo e estava aperfeiçoando a solução para acabar com ele.
Mais adiante, vou mostrar como ele se manifesta, ou seja, vou mostrar alguns sintomas. E vou mostrar o que é objetivamente esse problema que afeta tantas e tantas pessoas.
Em outro artigo, apresento a solução para esse problema que aplico há mais de 30 anos. E que ajudou milhares de alunos a acabarem esse tipo de insegurança.
Resumindo…
O método que criei não ensina os alunos a enfrentarem, vencerem nem superarem a insegurança ou o medo de falar em público. Mas se não tivesse chegado a esse método que criei, eu também faria isso.
Porque se não tivéssemos uma solução para o medo de falar em público, melhorar seria uma opção, embora não solucione o problema. Mas não é, porque o medo continua dentro da pessoa, mesmo após dez, vinte anos ou mais.
Este método que criei, por outro lado, gera uma Transformação, e não uma melhora. Acaba a insegurança para falar em público, em 19 horas. E já gerou esse resultado, por mais de 30 anos.
Mas só vou apresenta-lo no próximo artigo, porque…
… antes, você precisa saber o que é essa insegurança, objetivamente. Então, vou prosseguir mostrando o que as pessoas e os professores de comunicação em público acreditam que é esse problema.
Depois, vou mostrar o que é objetivamente essa insegurança. E por que isso é importante para quem quer acaba-la? Porque a descrição objetiva de um problema aponta para a solução.
O que me levou a essa descrição foi algo que vivi em 3 segundos, dirigindo meu carro desgovernado. Qualquer falha atrasaria uma fração de segundo e isso seria fatal. A morte estava realmente sussurrando ao meu ouvido.
Mas vou começar por algo mais brando
Vou comparar o medo de falar em público com o que se pode ter, ao enfrentar outra pessoa, em uma luta. Afinal, o que fiz dentro do carro desgovernado, é essencial nas artes marciais.
Em uma arte marcial, é essencial o contato visual com o adversário. A pessoa que tem medo desse confronto, quando o outro vai dar um golpe, sua percepção visual fica pior em vez de melhor que o normal.
O seu olhar “encolhe”, afasta-se do que está ocorrendo, por causa do medo. Como em um assalto, com uma arma apontada para si, a pessoa não vê bem o que ocorre nem memoriza o rosto do assaltante.
Mas o que ocorre com você, ao sentir insegurança?
Nessas ocasiões, a energia biológica vai involuntariamente para o centro do corpo, protege-lo. E isso piora seu controle da situação. Porque também sai da cabeça para o centro do corpo.
Quando a energia está se expandindo para os olhos, ela permite uma visão clara e nítida. E, por se expandir também para a cabeça, a pessoa reage de modo mais eficaz a um golpe ou a um risco.
A insegurança também diminui a visão lateral, porque a pessoa fixa sua visão na causa do temor. E isso prejudica a reação acertada e imediata, quando tudo está acontecendo muito rápido.
Então, vamos contrastar o que é a insegurança…
… para falar em público com o que a maioria considera que é. Essa insegurança é identificada como se fosse um frio abaixo do umbigo, as sensações desagradáveis de se estar sendo observado ou criticado, …
… o tremor nas mãos, “dar branco” (esquecimento) quando está falando, por exemplo. No entanto, isso são manifestações da insegurança. E há outras, como a dificuldade de memorizar no subconsciente o que vai falar.
A tendência de alguns é querer decorar, ou seja, arquivar quase todo o conteúdo da comunicação na memória do consciente. Isso piora a situação, porque o consciente não arquiva tanto conteúdo.
Quem tem insegurança para falar em público…
… tende a não confiar em deixar boa parte do conteúdo no arquivo do subconsciente. E isso tira a naturalidade de quem se comunica. Além disso, prejudica o poder de influenciar o público.
Porque a pessoa não relaxa o suficiente para poder sentir as emoções derivadas do próprio assunto que está falando. E isso é a parte do carisma com a qual nascemos, o Poder de Influência Primal.
A pessoa se torna um “falador de conteúdo” e não um verdadeiro comunicador. Mas todos esses sintomas não são resolvidos com os recursos da Oratória nem com yoga ou outras tentativas que são feitas.
O que resolve é acabar a insegurança
E, para isso, é necessário fazer uma descrição objetiva do que é a insegurança para falar em público. Então, chegou o momento de mostrar essa descrição que fiz e de ilustrá-la.
A insegurança para falar em público é o conjunto de três movimentações de energia pelo corpo, controladas por um mecanismo chamado Engrama. Vou tratar desse mecanismo no artigo sobre a solução. (Link ao final)
Então, veja na figura abaixo o que é a insegurança para falar em público. Depois, irei tratar de cada movimento e de alguns sintomas que eles geram. Sintomas que são sentidos pela pessoa como insegurança ou medo.
O que é, então, a insegurança para falar em público
Quando esse medo ocorre, há três movimentações de energia biológica pelo corpo. Quem pesquisou o que são as emoções em geral foi o cientista e psiquiatra Wilhelm Reich. Ele mostrou que emoção é movimento de energia pelo corpo.
Já essa específica emoção de medo é a movimentação da energia pelos três trajetos mostrados na figura acima. E isso eu descobri dentro de meu carro desgovernado. Só vim saber sua utilidade, meses depois.
A energia vai para dentro do corpo pelos três trajetos que você vê na figura. Quando a pessoa se coloca frente a um público, essa movimentação ocorre involuntariamente, controlada por um Engrama que foi criado no cérebro.
O que se sente com cada movimento de energia?
Vamos começar pelo movimento ascendente pelas pernas. A energia se movimenta assim com vários medos. E, ao se movimentar assim, há uma contração involuntária no baixo abdômen, no círculo marrom da figura ao lado.
Ao mesmo tempo ocorre uma contração no ânus. Por isso, os cachorros quando sentem medo ficam com o rabo entre as pernas. E quando se quer dizer que alguém está com medo, diz-se que está “de rabo preso”.
A pessoa sente insegurança ou mesmo pavor. Pode tremer as mãos, as pernas, ter friozinho na barriga, insônia na véspera e estresse. E tudo isso é involuntário, não adianta usar a vontade para não acontecer.
Agora, vamos ver o segundo movimento de energia
É o fluxo de energia dos olhos e do cérebro para o centro do peito, como você vê na figura ao lado. Ocorre também quando alguém está sendo assaltado, com uma arma apontada para si.
A pessoa tende a não ver direito tudo o que o assaltante está fazendo nem o que acontece no ambiente. Além disso, pode não conseguir memorizar as feições dele. É como se sua visão se “retraísse”.
Já o movimento do cérebro para o peito dificulta a pessoa de perceber a melhor forma de agir e de tomar decisões.
E quais são os sintomas na comunicação em público?
A retração da energia dos olhos para o centro do peito leva a pessoa a não olhar nos olhos das pessoas da plateia que estão próximas e a não ver as pessoas, individualmente. Alguns veem algo nebuloso.
Já a retração da energia do cérebro leva as pessoas a terem branco na comunicação. Com frequência, se preparam decorando conteúdo na mente consciente. E têm dificuldade de acessar o que traz no subconsciente.
A retração da energia dos olhos dificulta a conexão com o público. E a retração do cérebro, por levar a pessoa a focar a busca de conteúdo em sua mente, dificulta a naturalidade e a conexão.
Por sua vez, a terceira movimentação de energia, …
… saindo das mãos para o centro do peito, retrai as ações que seriam naturais. Por exemplo, a expressão que os braços e as mãos teriam, para expressar o conteúdo que fala e a emoção que sente.
A movimentação para fora da energia do peito – ou seja, a emoção que a pessoa está sentindo – não se expressaria pelos braços e mãos. Assim, a energia de sua emoção é interrompida na altura do ombro.
E essa expressão da emoção que o comunicador sente é essencial para influenciar o público. Por isso, para os alunos resgatarem seu poder de influência, trabalhamos a integração dos braços com o peito.
Essas 3 movimentações de energia são involuntárias
Por isso, as tentativas dos cursos convencionais de atuar na insegurança para falar em público dos alunos não conseguem acabar com essa limitação. Porque não atuam no mecanismo involuntário que a gera.
Por exemplo, recomenda-se que os alunos preparem bem a sua comunicação. Isso é importante, mas a insegurança não acaba. Quem tem e quem não tem precisam preparar bem o que vai comunicar.
Senão o problema se torna maior, ainda. Preparar bem é necessário para não aumentar mais o problema. Por fim, como prometi acima, vou mostrar como se altera o mecanismo involuntário, no artigo sobre a solução.