Sua emoção é a oração que você espontaneamente faz para materializar sua realidade. Geralmente sem intenção, sem propósito e sem estratégia.

Quando sentimos uma emoção, ela simplesmente emerge de nosso interior. Não é nossa vontade consciente que a gera.

Por outro lado, se nos esforçarmos para sentir uma especifica emoção, às vezes funciona, outras vezes não. E isso não acontece por acaso, já te digo por quê.

O Mito de Penélope e a emoção – Illustration 53288215 © Hagen411 | Dreamstime.com

É fácil controlar uma emoção que não se quer ter?

Quem quer sentir medo de não conseguir se sustentar materialmente ou dor de perda afetiva ou medo de falar em público?

Deve ser difícil alguém querer, mas são bilhões de pessoas pelo mundo que sentem.
Bilhões de pessoas sentem medo de falar em público!

Ou seja, as pessoas não sentem essas emoções voluntariamente, não sentem por sua própria vontade. Se alguém resolver isso com a vontade, é raridade.

E o que as faz sentir tais emoções e sentimentos indesejados com frequência?

Praticamente todos nós, em algum ou em vários momentos de nossas vidas, tivemos emoções desagradáveis tão intensas que foram difíceis de suportar.

Então, formam-se em nosso cérebro circuitos neurológicos chamados Engramas, cuja função é evitar que a gente volte a senti-las. É uma forma de proteção, nessa ocasião.

O tempo passa, mas os Engramas continuam iguais e atuando para não sentirmos aquela emoção insuportável que sentimos no passado.

Quais as consequências da formação desse Engrama?

Depois de formado, o Engrama envia ordens para tensionar a musculatura por onde passou aquela emoção no passado, para não voltar a passar.

Como consequência, nós passamos a senti-las de modo menos intenso, porém, com frequência;

E passamos também a ter dificuldade para sentir a emoção oposta e complementar, pois a musculatura está tensa e também é por aí que ela que passa.

Por exemplo…

Um dia o pai de um menino chega em casa e diz para sua esposa:
– Fui demitido… E, com medo na voz, ela diz:
– E agora, José? Como vamos sustentar o Pedrinho?

Escondido, Pedrinho escutou a conversa e sentiu muito medo, medo de não ser sustentado. Ele cresce e, com frequência, sente medo de não conseguir se sustentar materialmente.

Um medo menor do que o que sentiu aos 10 anos, quando o pai foi demitido, mas, infelizmente, o Pedro agora tem dificuldade de ter o sentimento oposto e complementar, o de abundância.

O que controla o medo do Pedro e sua dificuldade para sentir abundância?

É o Engrama que foi criado em seu cérebro, não é a sua vontade. Por isso, é muito difícil ele não sentir medo de ficar sem sustento material e de sentir abundância.

Ou seja, o que controla o medo de faltar o sustento e a dificuldade de ter o sentimento de abundância é um mecanismo involuntário que se formou em seu cérebro.

A sua vontade não tem poder sobre isso. Então, não adianta muito esforçar-se para não sentir medo de perder o emprego nem se esforçar para sentir a emoção oposta e complementar, a de abundância.

Por isso, os resultados do Segredo são difíceis e demorados

Porque quando está praticando O Segredo, Pedro tem dificuldade para ter o sentimento de abundância. E quando não está, sente o medo de não conseguir se sustentar e isso desfaz o resultado dos exercícios.

O que acontece não é que O Segredo seja ineficaz. O motor de um carro e o acelerador não são ineficazes se o carro não vai pra frente, quando o freio de mão está puxado.

Além disso, o que acontece com boa parte da humanidade é algo bem semelhante à história de Penélope, da mitologia grega.

Penélope e o mecanismo que controla nossa emoção

O Mito de Penélope da antiguidade grega diz que ela tecia durante todo o dia, estando à vista das pessoas. Mas, à noite, ela desfazia tudo o que fez durante o dia.

Mas uma serva percebeu o artifício que Penélope estava usando, para não seguir adiante com o que tecia.

Eu fiz algo semelhante a essa serva, durante os 28 anos em que estudava, pesquisava e observava os resultados em meus alunos. E percebi que o cérebro deles fazia o mesmo que Penélope.

A Penélope que controla nossas mentes

Ficou claro que aquele mecanismo involuntário controlador de nossas emoções cumpre também a função de nos manter do jeito como nos tornamos, após aquelas dores e medo intensos do passado.

E faz isso usando um artifício semelhante ao de Penélope. Como um diretor de cinema, cria Diálogos Internos que mantém a mesma configuração de nossos sentimentos e emoções.

Ou seja, como um diretor de cinema, esse mecanismo cria na mente do Pedro cenas que servem para ele continuar a sentir os mesmos medos e a dificuldade de ter o sentimento de abundância.

E o que esse mecanismo faz com a nossa realidade

Por um lado, Pedro sente repetidas vezes a emoção de medo de não conseguir se sustentar. Mas essa emoção gera atitudes e ações que materializam a carência material na vida dele.

Por outro lado, ele tem dificuldades de sentir a abundância. Então, isso torna mais fácil ainda, com suas ações, ele materializar ou criar a carência material. 

O mecanismo – o Engrama que foi criado – faz isso em nossa realidade.

A solução para a gente sentir a emoção certa

A solução para você sentir espontaneamente as emoções e sentimentos que geram as ações e atitudes certas para realizar ou materializar seu desejo está na “troca” daquele Engrama.

Faz-se ele entrar em desuso, deixando de ser usado, enquanto se cria outro.

E isso é feito alterando a conversação que temos conosco mesmo, os Diálogos Internos. Detalho mais isso no artigo “É possível um amor dar certo para os dois?“.