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Memória do coração: o que você pode aprender com isso

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O coração é um órgão vital, com cerca de 40.000 neurônios e um poderoso impulso elétrico que supera em 60 vezes o do encéfalo.

Essas células nervosas, também chamadas de neurônios, não estão apenas no cérebro e na medula espinhal. Estão também no coração.

A princípio, quando pensamos neste órgão, logo o associamos à sua função de fazer o sangue circular em nosso corpo. Mas por que os poetas e os apaixonados o associam ao amor e aos sentimentos?

Mulher sorrindo e segurando um objeto em forma de coração vermelho perto do peito.
Uma moça com um coração sobre o peito. Disponível em @engnakyurt no Pexels.com.

Com os transplantes de coração, algo aproximou…

… a visão dos cientistas e a dos poetas e apaixonados. Teria o coração memória do “que toca o nosso coração?” Teria pensamentos e memória de acontecimentos?

Não seria só o cérebro de nosso encéfalo que poderia ter memórias? Vamos saber essa resposta e os benefícios que nos traz… Benefícios práticos para a sua e a minha vida.

Essa resposta, de fato, traz benefícios que estão além da área da medicina, e que interessa à nossa vida prática, inclusive para a tomada de decisões.

Transplante de memória: o intrigante efeito após transplantes

Desde os primeiros transplantes cardíacos, ocorreu um efeito intrigante. Uma mulher que recebeu um transplante em 1988, Claire Sylvia, escreveu um livro com suas memórias do que ocorreu depois.

Em A Change of Heart, ela narrou o gosto que passou a ter por nuggets de frango com pimentões verdes, pouco após estar com um novo coração. Ela passou a ter muito desejo por eles.

Ela investigou e descobriu quem fora o doador. E ele também adorava os nuggets de frango com pimentões verdes. Desejo que ela não tinha, antes do novo coração em seu corpo.

E os relatos de Claire levaram pesquisadores a fazer…

… investigações e estudos sobre isso que já havia ocorrido, de diferentes formas, com outras pessoas que fizeram transplante de coração.

Memórias e preferências do doador seriam transmitidas para o receptor, porque o coração as carregava consigo?
Essa era a questão.

E a resposta veio no livro The Heart’s Code, do Dr. Paul Pearsall, um neuropsicólogo. Este livro tem relatos verídicos de mudanças, de memórias, de sonhos e de pesadelos.

E o relato fascinante de um transplante que mais…

…chamou a atenção foi o de uma garotinha de apenas 8 anos que recebeu o coração de outra de 10 anos, vítima de um terrível assassinato. E o caso chegou até as autoridades policiais.

Com o passar do tempo, a garotinha que foi a receptora do coração começou a ter pesadelos frequentes, ligados ao trágico evento da doadora que foi assassinada.

Preocupada com o impacto emocional desses pesadelos, a mãe da menina optou por buscar auxílio de um profissional e agendou uma consulta com uma psiquiatra.

Após várias sessões, a psiquiatra…

… chegou a uma surpreendente conclusão. Os relatos da garotinha não eram apenas produtos da sua imaginação, mas sim relatos de eventos reais que ocorreram.

A grande pergunta que surgia era: “De quem?”. Foi aí que as autoridades policiais entraram em ação, assumindo o caso A partir daí, uma onda de investigações tomou forma.

Com base nos relatos da receptora do coração, a polícia obteve informações, como o horário do crime, o local, e até as palavras que a jovem vítima proferiu.

Os desdobramentos seguintes revelaram mais detalhes

A imagem mostra um fundo azul com um recorte de papel em formato de coração branco colocado em cima de uma cabeça de papel branca. O papel em formato de coração é decorado com pontos coloridos, criando um efeito visual atraente e divertido. A cabeça é feita de papel branco, dando-lhe uma aparência simples e minimalista. A composição geral da imagem é descontraída e divertida, com o recorte de papel em formato de coração adicionando um toque de criatividade e ludicidade à cena.
@siriwannapatphotos em Canva.com

Com base nessas informações, as autoridades puderam localizar, identificar e condenar o responsável pelo estupro e assassinato da doadora do coração.

Esse acontecimento, foi muito importante e a comunidade médica passou a chamá-lo de “transferência de memória”. E passou a ser considerado um efeito colateral dos transplantes de coração.

O autor do livro, o Dr. Paul Pearsall era um respeitado neuropsicólogo que fez parte da equipe de pesquisa dedicada aos transplantes de coração.

E por que a Transferência de Memória foi aceita…

… como fato fundamentado, afinal? Porque o relato que inspirou esse enredo não surgiu das reviravoltas de um romance de suspense, mas sim do livro acadêmico com bases científicas, do Dr. Pearsall, publicado em 1999.

O que tornou esse caso tão extraordinário foi que a experiência e os sentimentos vividos pela receptora foram confirmados pelos fatos ocorridos no assassinato da doadora.

E mostrou que memórias da vida do doador podem ser preservadas dentro de seu coração, enquanto ele bate, inclusive, depois do transplante, dentro de outro corpo.

O pequeno cérebro do coração

Vale destacar que, conforme pesquisas conduzidas pelo próprio Dr. Pearsall, os receptores de transplante demonstraram uma notável propensão a alterações em sua personalidade.

Mas o mais notável no exemplo da menina de 8 anos que recebeu o coração foi que, além de reviver as memórias e as emoções da doadora, informou à polícia o que só a falecida doadora viu.

Em resumo, o coração tem um pequeno cérebro que pensa e memoriza emoções e eventos. Tanto é que a menina repetiu as palavras da doadora ao ser atacada e o nome do assassino.

E o que este conhecimento traz para nossa vida?

“A descoberta desse segundo cérebro no coração e a evidência convincente de sua capacidade para pensar e se lembrar abriu um leque de possibilidades em nossa vida”. – (Gregg Braden – “O Mistério Por Trás das Nossas Origens” 1ª edição, 2021, pag.92.)

Sobretudo, para Gregg Braden, o trabalho conjunto do cérebro de nossa cabeça e o de nosso coração nos leva a formas de percepção como a intuição e os sentimentos de empatia e compaixão.

No artigo intuição e inspirações você vai ver mais a respeito de como o trabalho conjunto do cérebro com o coração nos torna mais receptivos à inspiração.

Nosso coração é também fonte de sabedoria?

A princípio, quando estamos frente a uma decisão que não é fácil de tomar, não há uma regra que nos informe qual é a decisão acertada. Essa é uma ocasião em que faz falta contatar a mente do coração.

É quando o conselho e as recomendações de amigos perdem a sua eficácia. Porque nessas ocasiões estamos frente a um dilema em que as ideias de nossa cabeça e das dos outros não servem.

Precisamos de algo sob medida. E para isso, precisamos contatar a mente de nosso coração. Na página 149 do livro citado acima, você encontra “5 passos para fazer uma pergunta ao seu coração”.

Essa técnica é do Heart Math Institute (HMI)

Gregg Braden recebeu permissão de compartilhá-la com seus leitores do livro citado acima. É chamada de Técnica de Coerência Rápida e o HMI é detentora dos direitos autorais dessa técnica.

Há outras formas de se conectar ao coração e há cenários, músicas e situações que facilitam essa conexão. Além disso, pode acontecer espontaneamente, mas é raro.

Ao se receber inspirações, o conteúdo costuma vir acompanhado de emoção. Arquimedes, ao descobrir a Lei do Empuxo, falou emocionado Eureka!

A emoção veio junto com o conteúdo

Ao proferir em grego “Descobri!”, Arquimedes estava com o cérebro de seu coração (sentimento, emoção) integrado ao cérebro de seu encéfalo (o conteúdo da descoberta).

E isso mostra que a prática intencional do recebimento de inspirações, além do bem que traz para a nossa vida e para a nossa realização, exercita a integração do cérebro do coração com o cérebro da cabeça.

Nós não temos o poder de voar como os pássaros, então, não adianta insistir… mas se um ser humano tem o poder de receber inspirações, os outros têm e podem recuperá-lo.

1 comentário em “Memória do coração: o que você pode aprender com isso”

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