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Ter persuasão em público – os 4 passos

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Ter persuasão ao falar em público requer que a pessoa resgate o maior poder da comunicação. Mas que poder é esse?

É o poder que dá ela a condição de realizar o propósito que a levou a se comunicar. E esse propósito é influenciar uma ideia ou persuadir o público a tomar uma ação.

Esse maior poder é natural em nós, mas a maioria o perde ainda na infância. Um bebê, quando sente fome, expressa naturalmente esse maior poder, ao chorar desesperado de vontade de mamar.

É a foto de uma moça com um microfone em uma mão e com a outra segurando um notebook. Está sorridente e com uma expressão de simpatia, e atrás aparece um público, provavelmente, formado por executivos de alguma empresa. Para quem está falando em público, ela parece tranquila, de bom humor e capaz de expressar emoções relacionadas com o que fala. E isso é a chave para se comunicar exercendo persuasão.
Ter persuasão ao falar em público | Foto 32674953 © Pojoslaw Dreamstime.com

E funciona bem, pois ele consegue persuadir a mãe

Ela vai imediatamente amamentá-lo. Sem falar nada, persuadiu sua mãe, e ela tomou a ação que ele queria, de imediato. Ele não manipulou ela, ele exerceu persuasão.

A integração entre o conteúdo da comunicação do bebê (estou morrendo de fome), a sua emoção (de desespero pela fome que sente) e a sua expressão (o choro desesperado) é total.

O conteúdo que ele comunica (morrendo de fome) gera a emoção (de desespero) que ele sente. E a expressão dele (o choro desesperado) tem origem em sua emoção. Isso é o poder de Influência Primal.

Esse poder de persuasão não necessita de esforço

Não necessita de treino para tê-lo nem de esforço para expressá-lo. O bebê não treinou, não planejou nem se esforçou para expressá-lo. E assim seria com um adulto.

Mas, durante sua vida, algum acontecimento bloqueou tal poder. E esse acontecimento foi alguma Emoção Insuportável que a pessoa sentiu.

Por exemplo, um sentimento de ridículo que sentiu ou um olhar de censura de um adulto, ao expressar algo que sentia. Mas a recuperação desse poder não precisa tocar diretamente no passado.

Ao final, trato do resgate desse poder de persuasão

No entanto, vou mostrar um pouco mais sobre esse poder com o qual nascemos, além do que já mostrei no artigo “Sua fala não influencia sem isso. Para que você veja sua importância.

Então, vamos fazer uma comparação do poder de persuasão de quem tem o poder de Influência Primal, ao se comunicar em público, com o de um filme envolvente e emocionante.

Essa comparação vai ilustrar o que é o poder de persuasão da Influência Primal, a necessidade de a emoção originar-se do conteúdo e, por sua vez, as expressões de quem fala nascerem da emoção.

O poder de persuasão de um filme envolvente

Quantos filmes românticos já assistimos e saímos com sentimentos românticos? Ou a um filme em que um psicopata sequestra uma pessoa e ficamos com um medo relacionado?

Por exemplo, após assistir ao filme do psicopata, ao abrir um armário, fazemos isso com cuidado, como se pudesse ter um psicopata ou um monstro lá dentro.

E quem assistiu ao filme “Ghost – Do outro lado da vida” e não saiu emocionalmente tocado pelo amor do casal e pela tentativa de contato dele, que estava “Do outro lado da vida”?

Por que esses filmes contagiam emoções?

Porque alteram o nosso estado emocional, de acordo com os estímulos que nos enviam. Com isso, nos convence do romantismo ou do risco de um psicopata estar à espreita. Isso é uma forma eficaz de persuasão.

No filme Ghost, o conteúdo são as cenas de amor do casal, do assassinato dele e do contato que ele começa a ter com ela, estando do outro lado da vida.

A música “Unchained Melody” tem uma integração perfeita com as cenas românticas do filme e desperta na plateia a emoção de amor romântico. E as expressões dos atores estão afinadas com tal emoção.

A persuasão que tem Influência Primal planta algo…

… no coração e na mente das pessoas. É como se plantasse uma semente criada por uma ideia e sua emoção correspondente.

E essa semente pode brotar de imediato e florescer logo após. Com isso, a pessoa não precisa ser convencida pelo comunicador, pois é algo mais que isso. Ela sente que a ideia é dela.

E é fácil perceber quando a ideia começa a florescer no coração e na mente do público. A gente vê pessoas balançando a cabeça em concordância, como se dissesse: “É isso mesmo! ”

Então, a comunicação não é só isso que se vê

Precisamos levar em conta que ela é mais do que palavras, gestos, informações e transmissão de ideias. Ela é também emoções e a energia dos sentimentos.

Voltemos a um filme romântico. Sempre tem os momentos que antecedem o primeiro beijo do casal. Eles se olham nos olhos e aproximam seus rostos. Nesse momento, o que é que não pode faltar?

É a música romântica que é a trilha sonora do filme. Porque ela é parte dos estímulos do filme, para nós sentirmos a emoção relacionada com o seu tema.

Seu objetivo é nos gerar a emoção que…

… o diretor do filme deseja que a gente sinta e que, no fundo, nós desejamos sentir. Porque é essa a emoção que nos convence do amor do casal e, portanto, nos faz gostar do filme.

Então, a “ideia” de que o casal se ama foi plantada não só em nossa mente, mas também em nosso coração. E quanto mais a história nos convence de que esse amor é real, e mais a música gera em nós…

… a emoção correspondente, mais o filme exerce persuasão sobre nós. Ou seja, mais nos convencemos de que esse amor é uma realidade, porque a nossa emoção é de amor romântico.

Voltemos a comparar o filme com uma comunicação

O tema do filme se desenrola através das cenas que, em seu conjunto, formam o “conteúdo” do filme. E esse “conteúdo” corresponde ao conteúdo de uma comunicação.

Mas, para essas cenas do “conteúdo” intensificarem a emoção de quem assiste, é usada a música romântica. Ou seja, uma música que se origina no “conteúdo” romântico do filme.

Por outro lado, se for usada uma música de suspense, não surte o efeito desejado. Já na comunicação, o que intensifica a emoção do público é a emoção que o comunicador sente.

Por isso, para ter persuasão, a emoção dele…

 

… precisa ser despertada pelo conteúdo que ele mesmo fala. Então, se o conteúdo de sua fala for sobre o amor romântico, a sua emoção não pode ser de medo de falar em público.

Precisa ser de amor romântico. E isso ocorreria naturalmente, se não houvesse limitações emocionais atrapalhando.

E, da mesma forma que as expressões dos atores precisam ter origem na música e no conteúdo romântico do filme, as do comunicador precisam nascer de sua emoção e do conteúdo que fala.

O comunicador precisa Fazer Menos e Ser Mais

O comunicador Faz Mais, quando é ele quem dá ênfase a determinadas palavras, elevando ou baixando a voz. Mas ele Faz Menos e É Mais, quando a sua voz fica por conta da emoção que sente.

Ele Faz Mais, quando controla os gestos que faz para ser elegante ou comedido. Ele Faz Menos e É Mais, quando o seu gestual e as suas expressões são “pressões para fora” de suas emoções.

E, da mesma forma que o samba e o forró que estão mais próximos de se Fazer Menos e Ser Mais, essa comunicação com a participação da emoção não é algo que leva ao descontrole.

É algo que leva ao contágio de emoções e à persuasão

Da mesma forma que o samba e o forró contagiam alegria e não descontrole emocional, a comunicação com a persuasão do poder de Influência Primal contagia a emoção que o comunicador sente.

Então, se o comunicador sente as emoções despertadas pelo conteúdo que fala e as suas expressões são criadas por elas, ele lança Sementes de Persuasão para o público. 

Essas “sementes” brotam e a ideia e o sentimento que elas contêm florescem na mente e no coração das pessoas. E, assim, as pessoas se sentem donas da ideia, porque ela está também em seus corações.

Esse tipo de persuasão versus convencer pessoas

Deu para perceber que a persuasão do poder de Influência Primal não exige esforço? Que é natural, embora muitos a tenham perdido? O que exige esforço é convencer pessoas.

Quando alguém percebe que uma pessoa quer convencê-la, é frequente haver resistência. E, se houver insistência, piora, porque a insistência com quem resiste aumenta a resistência.

Por outro lado, quem é convincente não precisa se esforçar para convencer. Porque fala com a emoção de quem acredita no que diz, ou seja, com Influência Primal. Vale a pena recuperar esse poder?

Antes de saber recuperar, precisei saber o que é

A descoberta de como se recupera esse poder tem uma história. Depois de quase 20 anos de ministrar meus cursos, em 2001, comecei a observar que alguns alunos tinham resultados além previsto.

Eu ensinava as técnicas de Oratória e facilitava uma transformação nos alunos em que eles ACABAVAM o medo de falar em público. Mas alguns iam ainda além disso.

Como os outros alunos, esses estavam seguros e usando com naturalidade os recursos da Oratória. E isso era o que eu treinava no curso. Mas havia outra mudança para a qual eu não fazia nada.

E esses alunos mudavam da água para o vinho

A interação deles com a plateia mostrava que tinham conexão emocional. E, quando eles falavam, além de atraírem naturalmente o interesse dos outros alunos, tinham mais persuasão.

Eu sabia que, se descobrisse a causa desses resultados excelentes, eu descobriria a solução para facilitar que os outros alunos também conseguissem.

Então, comecei a assistir às filmagens do Antes e do Depois desses alunos para identificar os resultados excelentes. E investi um tempo para relacionar o que havia de comum, nesses resultados.

E não demorei para começar a perceber

O primeiro item necessário para eles alcançarem tais resultados, quase todos já haviam conseguido. Era acabar o medo de falar em público. Essa solução mostro em outros artigos e vídeos.

Masdentre os resultados excelentes, havia algo comum. Todos desse grupo tinham intensa emocionalidade na voz e uma grande integração entre o gestual e um sutil movimento do peito.

E a ênfase que davam em algumas palavras, a califasia, se originava totalmente de sua emoção, assim como o seu gestual. Eu registrava tudo isso, com a certeza de que iria descobrir.

Pouco depois, durante a fala de um aluno, …

… ficou evidente o que parecia um enigma. Nessa ocasião, eu já sabia que seria muito difícil alguém com medo de falar em público ter esses resultados excelentes.

Mas, por que os outros alunos que também haviam acabado o medo de falar em público, ainda não haviam conseguido essa emocionalidade, conexão e persuasão?

Então, em um específico momento da fala daquele aluno, a resposta ficou evidente: porque o medo de falar em público gera outros problemas que precisam ser resolvidos!

Então, quais problemas os alunos excelentes …

… não tinham e que os outros ainda tinham? Como disse há pouco, esses alunos tinham a ênfase nas palavras – a califasia – e o gestual originado em suas emoções. Mas os outros, não!

E como eu resolvi isso? Eu atuei para os alunos integrarem os movimentos dos braços com os do peito. Assim, seus gestos passaram a partir do peito, o centro de suas emoções.

Como os seus gestos passaram a se originar de suas emoções, para garantir que a ênfase nas palavras também se originasse daí, criei o Terceiro Passo para o resgate da persuasão.

Os alunos iriam “quebrar a casca do ovo”…

… e expressarem seu poder de Influência Primal ou de persuasão primal. Foram convidados a criarem uma comunicação na qual tivessem uma forte crença em cada palavra que dizia.

De um assunto que era algo em que acreditavam ser muito importante para eles, para os outros ou para a humanidade. E isso fez irromper uma ênfase da voz saída de suas emoções.

Aí, começaram a aumentar os resultados excelentes. O resultado de alunos que haviam recuperado o poder de Influência Primal, o seu poder original de persuasão.

Eu fiquei satisfeito por algum tempo

Mas, depois de um tempo, percebi outro problema que o medo de falar em público criava e que eu não havia solucionado. E precisei aumentar a duração do curso em mais três horas.

Um dos efeitos colaterais do medo de falar em público é o medo de esquecer, quando vai falar. E eu já tinha criado a solução disso, para mim, anos atrás.

Ou seja, decorar muito conteúdo é um problema. A parte maior da comunicação, se for arquivada no subconsciente, deixa quem fala livre para falar com emoção e com persuasão.

Quem decora muito conteúdo fica preso

Fica como alguém que sai para passear com um cachorro daqueles que puxam o tutor para todos os lados, e ainda tentando equilibrar um prato girando sobre uma vareta com a outra mão.

Sem dúvida, essa ocupação da consciência para buscar conteúdo é bem diferente de receber o conteúdo vindo do subconsciente e falar com naturalidade.

Isso não significa que a pessoa não precisa criar uma pauta, mas sim que o recheio de seu conteúdo precisa estar em seu subconsciente. Assim, fica livre para falar integrando-o à emoção.

Resumindo, são 4 passos para se resgatar a…

… persuasão da Influência Primal. O primeiro é ACABAR o medo de falar em público, o que não tem a ver com vencer, superar, enfrentar, dominar nem disfarçar o medo.

O segundo é integrar o movimento dos braços ao movimento do peito. O terceiro é fazer irromper a persuasão em uma comunicação carregada de emoção.

E o quarto é aprender a transferir o “recheio” do que vai falar para a memória do subconsciente. Você pode ver mais no vídeo “Convencer pessoas em 4 passos”.

1 comentário em “Ter persuasão em público – os 4 passos”

  1. Pingback: Sua fala não influencia sem isso - Eu vou bater pra Tu

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